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Ritos de passagem: transição de vida, negócio e momento.

Há 3 meses eu deixava a Aerolito –– empresa que ajudei a cofundar e por quase 7 anos fui uma das lideranças ativas. Fico orgulhoso e agradecido da gente ter conseguido fazer uma transição leve, sem atritos e com muito respeito.

No meu último dia fizemos o tradicional churrasco, bebemos e nos divertimos. Na finaleira, decidimos ir em outro bar (sim, rolê infinito) e na hora de ir para casa foi estranho. Era o último dia que fazia parte daquilo que trabalhei tanto para construir. Eu estava sentido um misto de alívio, porque sabia que na segunda-feira o meu telefone não ia tocar nenhuma vez. Mas, também já sentia saudade, e incrivelmente pelo mesmo motivo: o telefone não ia tocar mais na segunda.

Daí para frente os dias foram em usados para desfrutar da família, amizades, casa. Foi ótimo. Deu para refletir e pensar sobre os próximos passos com calma.

Numa segunda-feira acordei determinado a montar uma empresa de games, resgatando uma paixão antiga que estava guardada. Li livros, artigos, posts. Assisti lives, entrevistas, campeonatos e passei a consumir twitch.tv, nimo.tv, mixer o dia todo. Conversei com várias pessoas do segmento para entender a organização e o que está rolando.

Na outra segunda, conversei com o Gui Ebert –– grande amigo, mega gamer que trabalha como Psicólogo Clínico voltado com crianças e adolescentes, sobre a potencial empresa e se toparia entrar nessa. Na hora já começamos a pensar no que seria e qual a lógica para viabilizar a empresa.

Dias depois estava conversando com meu primo e também grande amigo, Gonzalo. Comentei da ideia, nos empolgamos, falamos sobre, alinhei com o Gui e convidamos ele para integrar a equipe.

Então colocamos a mão na massa: fiz o site, escrevi textos para o blog, mais tarde gravamos alguns episódios do podcast e também o primeiro curso online, que está disponível gratuitamente (mais infos lá embaixo).

A plataforma de software –– principal ativo do negócio, também já está em desenvolvimento, pois, testamos algumas coisas que deram errado, e agora estamos ajustando. Nas próximas semanas tudo vai estar up and running.

O nome disso que estou tendo o prazer de co-criar é 'Twig|Games' –– uma rede que potencializa gamers. Trabalhamos em busca de um ambiente saudável nos jogos eletrônicos, e propondo novas formas de remuneração para pessoas que fazem parte da rede. Estamos em fase de desenvolvimento dessa plataforma possibilita a criação de um modelo de sociedade com gamers, dividindo os ganhos da monetização dos dados gerados nos jogos.

Atualmente estou conversando com mais pessoas do mercado, com o objetivo de trazer mais pessoas e firmar parcerias para a rede (quem quiser trocar ideia, tô aí). Tá rolando um sentimento de início de carreira: bater na porta da galera, pedir para te escutarem, pensar no modelo, fazer o site, decidir como se posicionar e se preocupar com coisas que lembram o início das outras paradas que ajudei a criar.

É super legal, um gatilho absurdo de empatia, tendo em vista que saí como referência de um mercado e estou chegando como iniciante em outro. Me sinto da mesma forma que quando migrei da área de tecnologia e mergulhei em educação/aprendizagem: como uma esponja que vai absorvendo tudo e depois precisa de enxágue e torção para fixar o que importa.

Na verdade escrevi tudo isso para falar sobre 'ritos de passagem' e o que entendi na minha terceira transição de área/mercado/carreira. Apesar de se referir ao fim de um ciclo, na minha visão dizer "tchau", só se concretiza quando existem novos começos, algo de verdade mesmo. Uma despedida só um é "adeus", quando você se desloca para outro lugar.

Eu sei que sou um privilegiado por conseguir fazer esse movimento com tranquilidade mental, financeira e suporte de muita gente. Pois, em meio a complexidade que estamos enfrentando –– que dessa vez saiu dos vídeos inspiracionais e tá lanhando o planeta, ter a oportunidade começar um novo ciclo é uma dádiva.

Por fim, deixo o meu 'obrigado' para umas galeras, pois talvez nunca tenha agradecido publicamente algumas pessoas:

Bode: a primeira parada que fundei que virou de fato uma empresa e não só um negócio como outras. Em especial ao Paulo Bridi, uma das pessoas mais legais do mundo.

Perestroika: responsável por mudar minha percepção de mundo, foi um privilégio ter vivido um movimento, e não apenas uma escola ou um negócio. Um beijo mais que especial para Felipe e Jean.

Aerolito: a empresa que me desenvolveu, me mostrou que era possível.

Por fim, deixo um 'gracias' especial para:

Igor: a pessoa que tem mais facilidade de aprender no mundo e a maior humildade também.

Simone: uma pessoa incrível. Com um nível de consciência fora do normal.

Tiago: o mentor que eu tive nessa jornada, um baita amigo e uma espécie de irmão mais velho.

Sobre a Twig:

Site: https://www.twig.games/

Curso Gratuito: https://www.udemy.com/course/twig-base/

Estou querendo trocar ideia com cada mais gente do universo gamer, pessoas empreendedoras, gamers, investidoras, que trabalhem na área, é só me dar o toque.

Beijos e abraços pra quem chegou até aqui.